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Vá até Hobart para ter uma das experiências de arte mais incríveis do mundo

Aos saltos, um cardume de golfinhos acompanha sua elegante lancha pela zona marítima de Hobart, ao longo do rio Derwent. Seu destino é o Museum of Old and New Art (MONA, museu de arte antiga e recente), instituição privada aberta em 2011, nos arredores da capital da Tasmânia.

Após o desembarque, você pega o elevador com paredes de vidro para ir até o subterrâneo do MONA; ao chegar à base de um abismo de três andares, a primeira coisa que você vê é um bar com um barman bem-vestido. A segunda é a urna funerária da artista neozelandesa Julia de Ville, vigiada por um corvo empalhado. Há bem pouco tempo, a ideia de contemplar a mortalidade numa galeria subterrânea em Hobart teria sido recebida com risos de incredulidade.

A cidade, localizada na mesma latitude da Patagônia, é o tipo de lugar onde jovens esportistas praticam mountain bike de manhã, remam um caiaque à tarde e terminam o dia com uma ou duas Cascade, a cerveja local. Caminhões que transportam toras de madeira ainda ressoam no centro comercial, uma pista da principal – e polêmica – atividade econômica da ilha.

Mas, atualmente, o estado mais pobre da Austrália é tema de menos piadas e atrai os olhares invejosos do continente, pois Hobart, na ponta sul da Tasmânia, se transformou. O catalisador chegou na forma de um jogador milionário. David Walsh é o filho matematicamente bem-dotado de uma mãe solteira de Glenorchy, subúrbio pobre de Hobart.

O empresário e amante da arte gastou 80 milhões de dólares australianos na construção de um museu para abrigar sua coleção, que vale 100 milhões. Os curadores de Walsh o descrevem como ‘onívoro”: pontas de setas do Neolítico e antiguidades romanas, gregas e egípcias estão dispostas lado a lado com arte moderna provocativa e importantes obras dos artistas australianos Brett Whiteley e Sidney Nolan. O resultado é a mais excitante experiência artística do hemisfério sul.



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