O fogo que fez do Reichstag uma ruína fumegante em 1933 foi um triste presságio da devastação que viria pela frente. Hoje, o prédio, encimado por uma cúpula de vidro – cortesia de sir Norman Foster-, é o reluzente monumento de Berlim à reunificação. Com vista de 360 graus sobre o skyline da cidade, a sede do Bundestag (Parlarnento alemão) é o melhor lugar para inspecionar a revitalizada capital alemã.
Olhando da cúpula, de um lado está o Hamburger Bahnhof, museu de arte contemporânea instalado numa antiga estação ferroviária; do outro fica a Unter den Linden, artéria histórica de Berlim, que leva à Museumsinsel (“Ilha dos Museus”), Patrimônio da Humanidade.
Olhe por cima do Tiergarten, o gracioso parque de Berlim, para ver o complexo de artes Kulturforum. Em Berlim, a cultura domina. A cidade abriga cerca de 180 museus, três casas de ópera, 150 teatros, 130 cinemas, oito orquestras sinfônicas e mais de 1.500 eventos todos os dias. Ali você pode passar meses sem esgotar as possibilidades – uma das razões pelas quais a cidade é uma grande atração para artistas contemporâneos.
Há bons motivos para que Berlim seja tão rica em cultura. Isso se deu por vários motivos: por causa do exibicionismo pós-reunificação, já que o arquiteto–planejador Karl Friedrich Schinkel queria transformá-la em uma capital digna da Prússia no início do século 19 – e, ainda, porque entre 1961 e 1989 a cidade ficou dividida, o que lhe deu tudo em dobro. Berlim propriamente dita é uni museu vivo.
Ao andar pelas ruas, você vai sentir a atmosfera das grandes batalhas do século 20, algumas das quais deixaram buracos de bala. Há arte pública em abundância e algumas das zonas culturais mais concentradas e gratificantes do mundo – mais notavelmente, a Museumsinsel, espécie de fortaleza artística no rio Spree.
Depois de 1990, Berlim esperava ser o centro comercial da Europa. Em vez disso, tornou-se o centro cultural – e a perda do dinheiro beneficiou o turista amante das artes.
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